Recados, receitas e sugestões...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009



Datas comemorativas de Janeiro.


01 • Confraternização Universal

01 • Dia Mundial da Paz


04 • Dia da Abreugrafia

05 • Criação da 1ª Tipografia no Brasil

06 • Dia de Reis





06 • Dia da Gratidão

06 . Nascimento de Juliano Moreira, médico e psiquiatra considerado o “Pai da Psiquiatria Brasileira”, em Salvador – BA (1873).





07 • Dia da Liberdade de Cultos

09 • Dia do Fico (1822)




09 . Promulgada a Lei Federal nº 10.639, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas, na rede oficial de ensino (2003).





14 • Dia do Enfermo

15 . Dia Mundial do Compositor

15 . Nasce Martin Luther King Jr. (1929)

20 • Dia do Museu de Arte Moderna do RJ

20 • Dia do Farmacêutico

21 • Dia Mundial da Religião

24 • Dia da Constituição

24 • Instituição do Casamento civil no Brasil

25 • Revolta dos Malês, na Bahia (1835)




25 • Fundação de São Paulo

25 • Criação dos Correios e Telégrafos no Brasil

27 • Dia da Elevação do Brasil Vice-Reinado (1763)

28 • Dia da Abertura dos Portos (1808)




30 • Morre José do Patrocínio. O “Tigre da Abolição”, jornalista negro e ativista da causa abolicionista (1905).

30 • Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos

30 • Dia da Não-Violência

31 • Nasce Nzinga, rainha de Angola (1633-1663)



31 • Dia do lançamento do 1º Satélite • EUA (1958)

Feliz Ano Novo !!!!!


Para vocês, amigos especiais...









Hoje não é simplesmente mais um dia, por isso sorria...
Agradeça à DEUS por você estar vivo(a).
Hoje faça de tudo pra ser feliz, afinal você é um ser único !
Hoje valorize-se mais, acredite nos seus SONHOS.
Você pode, você é capaz de superar qualquer obstáculo !
Hoje mostre quem você é, se for preciso lutar, LUTE !
Mas nunca desista...
Quem luta sempre VENCE !
Vencedor é aquele, que sempre tem pelo que lutar,
Mas não desiste nunca.

Esta é uma pequena homenagem a vocês, AMIGOS ESPECIAIS, velhos e novos, que estão perto ou longe, que vejo diariamente ou que se perderam na corre-corre do dia-a-dia, mas que não deixaram de ser ESPECIAIS pela falta de convivência, que me acompanharam durante todo este ano ou então que apenas tiveram vagas notícias minhas, mas que se preocuparam e se emocionaram, que me ajudaram a ver que o mundo é muito mais do que simplesmente estar vivo e a acreditar que a VIDA AINDA VALE A PENA, que nossos SONHOS, mesmo aqueles perdidos ou abandonados devido a nossas opções e escolhas certas ou erradas, podem ser resgatados, que PODEMOS MESMO ASSIM SER FELIZES!

O que desejo para vocês em 2010?  Faço minhas as palavras do poeta francês Vitor Hugo:


Desejo primeiro que você ame,


E que amando, também seja amado.


E que se não for, seja breve em esquecer.


E que esquecendo, não guarde mágoa.


Desejo, pois, que não seja assim,


Mas se for, saiba ser sem desesperar.


Desejo também que tenha amigos,


Que mesmo maus e inconseqüentes,


Sejam corajosos e fiéis,


E que pelo menos num deles


Você possa confiar sem duvidar.


E porque a vida é assim,


Desejo ainda que você tenha inimigos.


Nem muitos, nem poucos,


Mas na medida exata para que, algumas vezes,


Você se interpele a respeito


De suas próprias certezas.


E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,


Para que você não se sinta demasiado seguro.


Desejo depois que você seja útil,


Mas não insubstituível.


E que nos maus momentos,


Quando não restar mais nada ,


Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.


Desejo ainda que você seja tolerante,


Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,


Mas com os que erram muito e irremediavelmente,


E que fazendo bom uso dessa tolerância,


Você sirva de exemplo aos outros.


Desejo que você, sendo jovem,


Não amadureça depressa demais,


E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer


E que sendo velho, não se dedique ao desespero.


Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e


É preciso deixar que eles escorram por entre nós.


Desejo por sinal que você seja triste,


Não o ano todo, mas apenas um dia.


Mas que nesse dia descubra


Que o riso diário é bom,


O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.


Desejo que você descubra ,


Com o máximo de urgência,


Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,


Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.


Desejo ainda que você afague um gato,


Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro


Erguer triunfante o seu canto matinal


Porque, assim, você se sentirá bem por nada.


Desejo também que você plante uma semente,


Por mais minúscula que seja,


E acompanhe o seu crescimento,


Para que você saiba de quantas


Muitas vidas é feita uma árvore.


Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,


Porque é preciso ser prático.


E que pelo menos uma vez por ano


Coloque um pouco dele


Na sua frente e diga "Isso é meu",


Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.


Desejo também que nenhum de seus afetos morra,


Por ele e por você,


Mas que se morrer, você possa chorar


Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.


Desejo por fim que você sendo homem,


Tenha uma boa mulher,


E que sendo mulher,


Tenha um bom homem


E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,


E quando estiverem exaustos e sorridentes,


Ainda haja amor para recomeçar.


E se tudo isso acontecer,


Não tenho mais nada a te desejar.

(Victor Hugo)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Petiscos de botequim.

          Em homenagem a dois grandes amigos de Mesquita - RJ, a partir do próximo mês estarei postando alguns pratos peculiares e particulares, a eles dois, o prof. Alseni e o companheiro Arnaldo, dedico a história e algumas receitas de uma iguaria, não muito apreciada por algumas pessoas, mas que têm uma história. O chouriço. Sim, é essa iguaria que será o primeiro tema de nosso Petiscos de botequim. Depois teremos o torresmo pururucado do Bar do Tito, em Valença. A sardinha da rua Miguel Couto e o frango do Bar da Galinha em Valença e muitos outros petiscos que traremos; algumas receitas, algumas histórias, tudo com o peculiar bom humor regado a risos e um gole de cerveja ou um trago de uma pinga pura, de preferência mineira.

Nosso Natal.

         




Nascer do sol no Florestinha...

          Esse ano meu Natal foi diferente, não fui a Valença e não fiquei em Anchieta, conhecemos um casal de jovens senhores, os pais de uma grande amiga de minha esposa. Partimos pra Região dos Lagos e acabamos chegando no Florestinha, um lugar acalentador e aprazível, onde todos se conhecem e onde todos se cumprimentam, lá conheci a Jô, o seu Jorge, e o sr. Vanor, esse casal de jovens senhores, chamam-se Sr. Lacerda, gente finíssima, proseador, literato e conhecedor da história do Brasil como poucos e dna. Rute que como seus filha adora um dedo de prosa. Lá também conheci novos amigos a Silvinha e o Domenico de sangue quente e italiano e que juntos ainda vamos criar grandes pratos. Lá no Florestinha acabei encontrando uma grande amiga de minha irmã, a Andréia e seu marido, certamente ainda vamos nos esbarrar muito por lá.
          Daqui a alguns dias volto para reforçar o plantel do mais novo "point" do Florestinha, um lugar que surge para se tornar uma nova opção para a juventude, onde poderemos encontrar lanches rápidos, massas, sanduíches e o melhor açaí da Região dos Lagos, esperem e conheçam apenas a duas quadras da praia.
         Como só estávamos nós, não fizemos muita coisa, mas fizemos o suficiente para termos um excepcional Natal, que entrará para nossa história. Fiz para os amigos uma bacalhoada à moda de Nilza, com bastante cebola, ovo, couve manteiga e batata, regada ao melhor azeite português. Como complemento duas saladas frias, uma macarronese light e uma salada de feijão fradinho (especialidade de minha esposa). Nossa amiga Zilza nos abrilhantou com um Chester e rabanadas e junto com o sr. Lacerda, brindamos a noite com um taça de vinho Galiotto suave. No dia seguinte de sobremesa fiz uma mousse de maracujá light. Seguem fotos dos pratos e as receitas.




Bacalhoada à moda de Nilza.


1h 30min

6 porções

Ingredientes:

• 1 kg de bacalhau salgado

• 1 maço de couve manteiga sem o talo

• 10 cebolas médias

• 4 a 5 ovos cozidos

• 10 batatas médias

• 200 g de azeitonas verdes

• 1 cebola batida para temperar

• Azeite para temperar e fritar

• Alho para temperar

• Folhas de louro e sal (se for necessário).


Modo de Preparo:

1. Colocar o bacalhau cortado em pedaços (médio), de molho em água da noite para o dia, desalgando por no mínimo duas a três vezes, reservando a primeira água para o cozimento dos ingredientes restantes,

2. Na manhã seguinte, escorra o bacalhau e coloque para cozinhar em uma panela larga e funda, com bastante água e as folhas de louro, em seguida reserve, escorra e frite em azeite quente.

3. Na mesma água que cozinhou o bacalhau, colocar a couve sem os talos para cozinhar. Quando as folhas estiverem cozidas, retire - os com uma escumadeira e reserve-as.

4. Agora, coloque as cebolas inteiras (sem cortar) para cozinhar na mesma água que se cozinhou os outros ingredientes.

5. Caso a água esteja pouca, acrescente - a conforme for precisando para cozinhar os ingredientes da receita.

6. Enquanto a cebola cozinha, você poderá ir temperando os ingredientes que já foram cozidos.

7. Tempere com azeite, alho amassado, cebola batidinha, e coloque um pouco das azeitonas.

8. Deixe o sal para colocar somente no final, quando todos os ingredientes da receita já estiverem todos cozidos

9. Não precisa mexer, para que seja evitado que se despedacem.Quando as batatas estiverem cozidas, retire-as do fogo e reserve-as.

10. Desligue o fogo e coloque um pouco da água que restou na panela, por cima dos ingredientes que estão na bacia, cozinhe e descasque os ovos cortando em rodelas.

11. Somente coloque o sal se achar que o sal do caldo do bacalhau não foi o suficiente para o seu paladar

12. Retire a bacalhoada da bacia e coloque em uma travessa bem bonita, montando a mesma de fora pra dentro.

13. Sirva (quente ou fria) em pratos fundos regada ao melhor azeite português.




Macarronese light.


20min

06 porções

 Ingredientes

• ¾ pacote macarrão tipo parafuso ou fusili

• ½ lata de milho verde

• ½ peito de frango desfiado

• 2 batatas cozidas e picadinhas em cubos

• 1 cenoura média ralada

• 200 g de presunto picado

• 100 g de azeitona verde recheada e picada

• ½ lata de grão de bico cozigo e escorrido

• 3 colheres de maionese light

• 1 colher de creme de leite light

• ½ colher de café de sal ou sazón (opcional)


Modo de Preparo:

1. Reserve o macarrão cozido e escorrido

2. Acrescente o milho, o peito de frango desfiado, as batatas, o presunto picadinho, o grão de bico a azeitona e a cenoura ralada e misture com um garfo aos pouco vai acrescentando o macarrão e as colheres de maionese e de creme de leite.

3. Bom apetite.

Opcional: Vc pode acrescentar, batata palha, champignons, palmitos picados, etc...





Salada de feijão fradinho


30min
8 porções


Ingredientes:


• 250 g de feijão fradinho cozido (sem amolecer muito)

• 1 pimentão amarelo picado

• 1 pimentão verde picado

• 2 tomates picados sem sementes

• 1 cebola picada

• 1 xícara de salsinha picada

• 1/2 xícara de azeitonas recheadas picadas

• Sal, azeite, vinagre e orégano


Modo de preparo:

1. Misture todos os ingredientes e sirva gelada.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Mesas de Frios e Frutas de amigos.

Casa de Festas Le Malom.
Data: 02 de maio de 2009.
Local: Madureira - RJ









Casamento de meus cunhados.
Data: 24 de outubro de 2009.
Local: Clube dos Fenianos - Valença - RJ.

















Casamento e bodas de prata dos amigos Maria Aparecida e Marcos Fraga.
Data: 05 de Dezembro de 2009.
Local: Anchieta - RJ.





quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Literatura.

Por lembrar do grande mestre Didi, segue sugestão de dois livros dedicados ao mesmo:

A influência da religião afro-brasileira na obra escultórica do Mestre Didi




Descrição:

O livro faz uma rica análise do papel imprescindível que a religiosidade afro-brasileira desempenhou na produção artística desenvolvida pelo Mestre Didi. As esculturas são confeccionadas com contas, búzios, couro e hastes palmeira, inspiradas em mitos, lendas e objetos de culto aos orixás. Suas obras fazem parte do acervo do Museu Picasso, em Paris, do MAM de Salvador e do Rio de Janeiro, Museu Afro-Brasileiro em São Paulo, entre vários outros museus estrangeiros. Mestre Didi é artista plástico e sacerdote do culto de matriz africana na Bahia.

Autor: SODRÉ, JAIME
Editora: EDUFBA


Autos Coreográficos: Mestre Didi, 90 Anos




Descrição:

Em celebração aos 90 anos de Didi - Deoscoredes Maximiliano dos Santos, Exemplo e Baluarte de Integridade, Sensibilidade e Sabedoria, a Sociedade de Estudos da Cultura Negra no Brasil - SECNEB e sua família, acompanharam toda a sua trajetória. Ele é o supremo sacerdote do culto aos ancestrais, herdou a capacidade de transpor seus ensinamentos e valores para peculiar escrita e teatralização.


Autor: DOS SANTOS, JUANA ELBEIN
Editora: Corrupio
Ano: 2008

Algumas datas importantes comemoradas em Dezembro.

Algumas datas Comemorativas do Mês de Dezembro:

01 • Dia Mundial de Luta contra a AIDS



01 • Dia do Imigrante
01 • Dia do Numismata
01 . Prisão de Rose Parkers, no Alabama, por ter se recusado a ceder seu lugar s um passageiro branco. Desencadeia- se o movimento de boicote aos ônibus, liderados por Martin Luther King.



02 • Dia Nacional do Samba



02 . Nasce mestre Didi, Salvador, BA.


02 . Nasce Francisco de Paula Brito, primeiro editor brasileiro, Magé - RJ ( RJ 1809 – RJ 1861)



03 • Dia Internacional do Portador de Deficiência.

04 • Dia do Orientador Educacional

08 • Dia Mundial da Imaculada Conceição
08 • Dia da Família




09 • Dia do Fonoaudiólogo

10 • Dia das Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituído pela ONU (1948)



10 • Dia Internacional dos Povos Indígenas




11 • Dia do Arquiteto
11 • Dia do Engenheiro
11 • Dia do Agrônomo


13 • Dia do Marinheiro
13 • Dia do Ótico e do Cego
13 • Dia de Santa Luzia

18 . Adoção da Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher. (1979)

20 . A Lei 7.437, condena o tratamento discriminatório no mercado de trabalho, por motivo de raça ou de cor.

25 • Natal




31 • Dia de São Silvestre
31 • Reveillon

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pavê Olho-de-sogra.

Tenho o prazer de compartilhar com meus amigos uma deliciosa receita que recebi por e-mail de minha prima Cristina Melo. Ainda não pude fazer, mas já me deliciei só de olhar. Aí vai, assim que fizer compartilho com vocês amigos...





Ingredientes

• 100 g de coco ralado
• 1 xícara (chá) de leite de coco
• 1 xícara (chá) de leite
• 1 lata de leite condensado
• 2 gemas
• 1 colher (sopa) de margarina
• 1 lata de ameixa em calda
• 1 caixa de biscoito champanhe
• 4 colheres (sopa) de creme de leite
• Coco ralado para polvilhar


Modo de preparo

Junte o coco ralado, o leite de coco, o leite, o leite condensado e as gemas. Leve ao fogo mexendo até desgrudar do fundo da panela. Retire, misture a margarina e deixe esfriar. Reserve quatro colheres (sopa) do doce de coco. Escorra a ameixa, pique-as e umedeça os biscoitos em sua calda. Em uma fôrma, alterne camadas de biscoito, doce de coco e ameixa picada.

Leve à geladeira por uma hora. Ao servir, misture o creme de leite no doce de coco reservado e distribua sobre o pavê. Polvilhe com o coco ralado e leve à geladeira até o momento de servir.

Tenham um "Bon Apettite !!!".

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vinho - Parte X - Espumantes.





Espumantes

Dicas de consumo


O espumante deve ser servido gelado entre 6 ºC e 8ºC.
Para atingir esta temperatura, coloque-o na geladeira por, no mínimo, 2 horas, e antes de servir por mais 40 minutos no congelador.
As taças devem ser do tipo flute, compridas e finas.
Não agite o espumante antes de degustá-lo. Este gesto faz com que se perca mais da metade do perlage (borbulhas), parte fundamental para a correta apreciação desta bebida.


Um pouco de história...


O Champagne foi criado no século XVII, pelo monge Beneditino Don Perignon.
Sua fama como o vinho dos reis e das grandes celebrações se deve ao fato de ter sido utilizado nas festas de coroação de quase todos os grandes reis da França, na região de Champagne.
Até hoje, utilizamos o champanhe em momentos especiais, pela delicadeza de seu paladar, o glamour e a associação ao sentimento de alegria e de realização.
O espumante pode acompanhar refeições, ser degustado em coquetéis e como aperitivo. Tradicionalmente, em encontros formais e informais, os convidados são recepcionados com uma taça de espumante.

Vinho - Parte XIX - Curiosidade histórica.




Três tipos de vinho repousavam com Tutankamon.


Pesquisadores espanhóis identificaram resíduos de três tipos diferentes de vinho no túmulo de Tutankamon
O túmulo do antigo faraó egípcio Tutankamon continua a dar que falar.

Desta vez, uma equipa de arqueólogos espanhóis descobriu vestígios de três vinhos diferentes na câmara funerária do faraó egípcio.

Segundo a investigação divulgada esta semana, dirigida pela arqueóloga Rosa María Lamuela-Raventós, da Universidade de Barcelona, havia nas ânforas restos de vinho tinto, de vinho branco e de "shedeh", uma variedade mais elaborada e doce de vinho tinto.

A mesma equipa de investigadores dera já conta, em 2004, de vestígios de vinho tinto num dos recipientess, tendo agora comprovado a existência das outras duas variedades.

Esta última descoberta reveste-se de especial importância por revelar que os egípcios elaboraram vinho branco mil e 500 anos antes do que se julgava.

Segundo o estudo publicado pela revista Journal of Archaeological Science, havia três ânforas na câmara funerária de Tutankamon: uma junto à cabeça do faraó, orientada para oeste, que continha vinho tinto, outra colocada do lado direito do corpo, orientada para sul, com "shedeh", e a terceira aos pés, orientada para leste, com vinho branco.

Nas análises dos resíduos os investigadores utilizaram ácido tartárico como indicador do vinho, já que raramente se encontra esta substância em produtos não derivados da uva, e outro tipo de ácido para determinar o tipo de uva.

A videira era muito cultivada no antigo Egito, sendo o vinho consumido pelas classes mais privilegiadas, nas refeições e nas festas, e oferecido nos rituais funerários e nas cerimónias de oferenda aos deuses nos templos.

Os melhores vinhos provinham do delta do Nilo e dos oásis do oeste, e a mitologia egípcia associava a cor do vinho tinto à do Nilo, durante a sua cheia anual.


Fonte: Ludowine.com

Vinho - Parte VIII - Lista dos vinhos mais caros do mundo.

Lista dos vinhos mais caros do mundo:

Na lista abaixo foram selecionados alguns vinhos que obtiveram os preços mais elevados em leilões. Talvez nesses mesmos intervalos existam outros vinhos que alcançaram preços similares, mas nessa seleção já dá ter uma idéia:

1. Château Lafite Rothschild 1787
Valor: $156.450
Dezembro de 1985, Christie’s, Londres


2. Château d’Yquem 1811
Valor: $100.000
Fevereiro de 2006, Antique Wine Company, Londres


3. Penfolds Grange Hermitage 1951
Valor: $50.200 dólares australianos (aproximadamente US$38,420)
Maio de 2004, Melbourne, Austrália


4. Cheval Blanc 1947
Valor: $33.781 por uma garrafa de 750 ml. ($135,125 por 3 garrafas)
Julho de 2006, Vinfolio, San Francisco


5. Château Mouton-Rothschild 1945
Valor: $28.750
Setembro de 2006 – Christie’s, Los Angeles


6. Inglenook Cabernet Sauvignon Napa Valley 1941
Valor: $24.675 / garrafa
Outubro de 2004 – Zachys, Los Angeles


7. Montrachet Domaine de la Romanée Conti 1978
Valor: $23.929 / garrafa
2001 – Sotheby’s, Nova Iorque


8. DRC Romanée Conti 1934
Valor: $20.145 / garrafa
Junho de 2006 – Hart Davis Hart, Chicago


9. Hermitage La Chapelle 1961
Valor: $ 20.130 / garrafa (lote de 12 garrafas por 123.750 libras)
Setembro de 2007 – Christie’s, Londres


10. DRC Romanée Conti 2003
Valor: $4.650 / garrafa

Vinhos - Parte VII. Literatura.




Livro: Vinho em 101 Dicas.


Ninguém precisa ter olfato de perdigueiro e paladar apurado para gostar de vinhos ou entender do assunto. Para conhecer vinhos é preciso gostar, incluí-los em seu dia-a-dia e, claro, ter informação. E, para ajudar nessa prazerosa tarefa, Vinhos em 101 dicas um guia para o enófilo amador fala desde as principais uvas, regiões produtoras e sabores característicos até os acessórios mais usados, as combinações com refeições, a diferença entre enólogo e sommelier, e mais. Principalmente, revela os segredos do mundo dos vinhos para que você possa apreciar a bebida com mais prazer.
Editora: Ediouro
Autor: GUIA 4 RODAS
Ano: 2008

Vinho - Parte VI. A produção Mundial.



França:

A produção mundial de vinhos está dividida em Velho Mundo e Novo Mundo. No primeiro grupo estão os países europeus de longo prestígio na elaboração de vinhos nobres, como França, Itália, Portugal, Espanha, Hungria e Alemanha. No segundo time poderíamos dizer que estão os demais países, destacando-se os emergentes - Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul - e a América do Sul, com Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.

Por onde começar? Ou melhor, como resumir 2.500 anos de história do vinho em tão poucas páginas? Bem, vamos tentar pelo que se encontra nas prateleiras. Às uvas, então.
São francesas as grandes castas viníferas que hoje fazem a alegria de enófilos do mundo inteiro. Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Pinot Noir, Sauvignon Blanc, Cabernet Franc e outras são castas francesas, mas cultivadas em muitos outros países e bem adaptadas a eles.
A França tem uma legislação austera, que torna seu vinho sinônimo de capricho e rigor. Não por acaso, o país é a grande escola de enologia para produtores do mundo inteiro, ainda que países emergentes busquem novos estilos de vinhos. Além disso, é um produtor e consumidor notável também em números: anualmente, produz cerca de sessenta milhões de hectolitros e consome sessenta litros per capita. Com tanto vinho assim, é evidente que não basta ser francês para ser bom. Existe muito vinho francês de qualidade duvidosa, por isso, na hora da compra, é importante observar no rótulo a região e o produtor.

Procure nos rótulos as classificações:

Vin de Table (Vinho de Mesa): categoria composta por vinhos simples, mais baratos, provenientes de várias regiões, em especial do Midi (Sul).

Vin de Pays (vinho Regional): de categoria superior ao Vin de Table, esse vinho é proveniente de regiões determinadas, especialmente do Sul.

Vin Délimité de Qualité Supérieure - VDQS (Vinho Delimitado de Qualidade Superior): antecede a categoria máxima dos vinhos franceses. São aqueles provenientes de regiões pequenas.

Vin d'Appellation d'Origine Contrôlée - AOC (Vinho de Denominação de Origem Controlada): nessa categoria estão os grandes vinhos franceses. As normas de produção são estabelecidas pelo Institut National des Appellations d' Origine (INAO), com sede em Paris.

São sete as principais regiões produtoras:

Bordeaux

No mapa: Sudoeste da França, na confluência dos rios Garonne e Dordogne.

É a região vinícola mais importante da França. De lá saem os grandes vinhos do mundo - os mais caros também.

Castas mais comuns: tintas - Cabernet Sauvignon, Malbec, Cabernet Franc, Merlot, Petit Verdot; brancas - Sauvignon Bçanc, Muscadelle, Sémillon, Merlot Blanc.

É composta por sete sub-regiões: Graves, Médoc, Sauteners-Barsac, entre-Deux-Mers, Pessac-Léo-gnan, Pomerol e Saint-Emilion. Médoc é a mais famosa, dividida nas seguintes comunas, do sul para o norte: Margaux, Moulis, Listrac, Saint-Julien, Pauillac e Saint-Estèphe.

Não morra sem experimentar: Château Mouton- Rothschild, Château Latife-Rothschild, Château Latour, Château Margaux, Château Pétrus, Châteua Haut-Brion, Château D' Yquem.

Borgonha

No mapa: Centro-Oeste da França.

É considerada a segunda região vinífera mais importante do país. Produz brancos e tintos.

Castas mais comuns: tintas - Pinot Noir, Gamay; brancas - Chardonnay, Pinot Blanc, Aligoté. A Borgonha (Bourgogne) tem a seu favor o branco seco Montrachet e o tinto Romanée-Conti, dois dos maiores vinhos da França e, portanto, do mundo. De lá também são o branco Chablis e os tintos Beaujolais, inclusive o festivo Beaujolais Nouveau.

É composta por cinco principais sub-regiões: Chablis, Côte d'Or, Chalonnais, Mâconnais e Beaujolais.

Não morra sem experimentar: Le Montrachet, La Romanée-Conti, Château Fuissé, Clos du Roy.

Champagne

No mapa: Nordeste da França.

É uma das regiões mais importantes do país, pela produção dos desejados champagnes. Nas cidades de Epernay, Reims e Ay, próximas ao rio Marne, prospera o vinho borbulhante, sinônimo de alegria, sofisticação e elegância. Pelas leis locais, o champagne só pode ser elaborado com as uvas tintas Pinot Noir e Pinot Meunier e com a branca Chardonnay. O método de produção também é único, o champenoise, em que a segunda fermentação, a que produz as bolhas, ou perlage, se dá na própria garrafa.

Existem seis categorias de champanhe:

Não-millésimé: champanhe branco, comum, sem referência a safra. Corresponde a 80% de toda a produção de Champagne.

Millésimé: champagne com data, produzido com vinho de uma só colheita, geralmente muito boa. Deve envelhecer em adega por três anos.

Cuvée de Prestige: elaborado com os melhores vinhos das melhores safras. Champanhe nobre, muito caro, comercializado em garrafas especiais. Exemplo: Dom Pérignon.

Rosé: utiliza vinho ou mosto de uvas tintas, o que lhe confere mais o corpo.

Blanc de Blancs: elaborado com a uva Chardonnay.

Blanc de Noirs: elaborado com as uvas tintas Pinot Noir e Pinot Meunier.

Quanto ao teor de açúcar, existem seis tipos de champanhe:

Extra-brut: sem adição de açúcar (até 6g de açúcar residual por litro).

Brut: o mais seco( menos de 15g de açúcar por litro).

Extra-sec: muito seco (de 15g a 20g de açúcar por litro).

Sec:seco (de 17 g a 35 g de açúcar por litro).

Demi-sec: entre seco e doce (de 35 g a 50 g de açúcar por litro).

Doux: doce (acima de 50 g de açúcar por litro).

Não morra sem experimentar: krug, dom Pérignon, Bollinger, Piper-heidsieck, Louis Roederer, Veuve Clicquot, Taittinger, Pommery, Moët & Chandon.

Alsácia

No mapa: Leste da França, próximo à fronteira com a Alemanha.

Essa região difere do padrão francês de classificação, pois seus vinhos, em geral, são varietais (trazem o nome da uva no rótulo). Os vinhedos "perseguem" o rio Reno e as montanhas próximas. A região prima por vinhos brancos secos, frutados e de aromas ricos.

Castas mais comuns: brancas - Riesling Renana, Gewurztraminer, Muscat, Pinot Gris (ou Tokay d' Alsace), que produzem os melhores vinhos da Alsácia. Existem ainda uvas que produzem vinhos mais simples: Pinot Blanc, Pinot Noir, Sylvaner, Chasselas.

Não morra sem experimentar: Alsace Sélection de Grains Nobles, Alsace Grands Crus, Alsace Vendage Tardive.

Rhône

No mapa: Sul da França, às margens do rio Rhône. Referências: cidades de Lyon e Avignon, nas proximidades do mediterrâneo.

Castas mais comuns: tintas - Syrah, Grenache, Mourvèdre, Cinsault; brancas - Clairette, Grenache Blanc, Roussane, Bourboulenc.

São de lá: os grandes vinhos tintos Hermitage, com estrutura para envelhecer por muitos anos, e o Châteauneuf-du-Pape, prestigiado no mundo inteiro. Entre os brancos destacam-se o Château Grillet e o Coindrieu, ambos elaborados com a casta Viognier. É preciso citar também o Tavel, feito com a uva Grenache e considerado o melhor rosé da França.

Loire

No mapa: Norte da França, nos arredores do rio Loire.

Castas mais comuns: tintas (são as mais cultivadas) Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Gamay, Pinot Noir; brancas - Chasselas, Chenin Blanc, Sauvignon Blanc.

É composta por várias sub-regiões: Anjou-Saumur, Touraine, Muscadet, Sancerre, Pouilly Fumé, Vouvray etc.

Os rosés de Anjou ficaram famosos no Brasil, mesmo não sendo grandes vinhos. Hoje, os brancos e tintos Sancerre, o Pouilly Fumé branco seco e os Vouvray brancos, secos ou doces são, merecidamente, mais prestigiados aqui.

Midi

No mapa: estende-se do oeste do Rhône até os Pirineus, no Sul da França.

Castas mais comuns: tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Grenache, Mourvèdre, Cinsault; branccas - Chardonnay, Ugni Blanc.

É composta por três sub-regiões: Cotês de Provence, Languedoc e Roussillon.

Por muito tempo, essa região foi desvalorizada pela produção de vinhos comuns, mas isso está mudando. Uma nova mentalidade entre os viticultores vem introduzindo qualidade nos vinhos, a ponto de a região já receber o título de California francesa. Uma curiosidade: no Brasil, os rosés de Provence foram moda entre as décadas de 60 e 70.

Portugal:

A história do vinho em Portugal começou no século VII a.C., com a chegada dos gregos, que plantaram as primeiras vinhas na península Ibérica. Mas o que interessa mesmo é o século XV, durante o reinado de Dom Afonso Henriques, quando o país iniciou a política de exportação, na esteira dos descobrimentos. Outro nome importante da história do vinho português foi o marquês de Pombal, que em 1756 criou a primeira região de vinhos demarcada do mundo, o Douro, onde se faz o famoso vinho do Porto. Portugal é um país muito generoso em castas viníferas locais, entre elas Touriga Nacional, tinta considerada a rainha das uvas portuguesas, Touriga Francesa, Arinto, Sercial, Castelão, Periquita, Trincadeira etc. A diversidade é enorme, tanto de uvas brancas quanto de tintas, o que faz de Portugal um produtor original e muito qualificado.


Procure nos rótulos as classificações:

Vinho de Mesa: um "guarda-chuva" enorme, que abriga todos os vinhos mais simples que não foram encaixados em classificações no nobres.

Vinho de Mesa Comum: os mais qualificados trazem as indicações Reserva e Garrafeira no rótulo.


Pode ser:

Vinho verde: branco ou tinto, produzido apenas as indicações Reserva e Garrafeira no rótulo.

Pode ser:

Vinho verde: branco ou tinto, produzido apenas em região demarcada. É ácido e seco.

Vinho maduro: branco, tinto ou rosé, seco ou suave ( adoçado), produzido por processos convencionais de fermentação do mosto.

Vinho especial: são cinco categorias:

Vinho licoroso: com teor alcoólico elevado, de 18% a 22%.

Vinho generoso: vinho licoroso produzido nas regiões do Douro, Moscatel de Setúbal, Madeira e Carcavelos.

Vinho doce de mesa: vinho doce comum com, no máximo, 14% de teor alcoólico.

Vinho espumante natural: vinho com gás carbônico obtido da segunda fermentação em garrafa ou em tanques de aço.

Vinho espumante gaseificado: vinho com gás carbônico obtido artificialmente, com a ajuda de equipamentos especiais.

Vinho Regional: equivale ao Vin de Pays francês ou ao IGT italiano. Classificação criada em 1992, que abrange oito regiões de origem: Algarve, Alentejo, Beiras, Estremadura, Ribatejo, Rios do Minho, Terras do Sado e Trás-os-Montes.

Indicação de Procedência Regulamentada (IPR): criada em 1986, essa classificação é também chamada de vinho de qualidade produzido em região demarcada (VQPRD). Trata-se de uma vasta categoria, com trinta regiões produtoras.
Algumas delas: Alcobaça, Almeirim, Biscoitos, Chamusca, Chaves, Encostas d'Aire, Évora, Óbidos, Santarém, Torres Vedras.

Denominação de Origem Controla (DOC): essa categoria abriga os melhores vinhos portugueses, provenientes de várias regiões demarcadas.
São onze as regiões demarcadas:


Alentejo

No mapa: centro-sul de Portugal, na divisa com a Espanha.

Castas mais comuns: tintas - Alicante, trincadeira, Castelão Francês, Moreto, Aragonesa, Alfrocheiro; brancas - Arinto, Boais, Manteúdo, Roupeiro<>São de lá: Herdade do Esporão, Quinta do Carmo, Quinta da Terrugem, Paço dos Infantes, Cartuxa, Monte do Pintor.

Não morra sem experimentar: Pera Manca, Vila Santa.

Bairrada

No mapa: Centro-Norte de Portugal.

Castas mais comuns: tintas - Baga (ou Poerinha),Castelão (ou Moreto), Tinta Pinheira; brancas - Bical, Rabo-de-Ovelha, Maria Gomes, Sercial, Sercialinho, Arinto, Chardonnay.

A região produz vinhos para envelhecimento, com estrutura para evolução por um período de dez a quinze anos. São bebidas potentes, encorpadas e tânicas quando jovens. Aregião produz também excelentes espumantes.
São de lá: Bairrada Messias, Luís Pato, Caves São João, Casal Mendes, Bairrada Caves Aliança.

Bucelas

No mapa: vale do rio Trancão, 25 quilômetros ao norte de Lisboa.

Castas mais comuns: brancas - Arinto, esgana-cão, Fernão Pires, galego Dourado, Moscatel de Setúbal.

Região especializada em vinhos brancos, frequentemente comparados aos Médoc brancos e aos Chablis.

São de lá: Prova Régia, Quinta da Romeira, Bucelas Caves Velhas, Calhandriz.

Dão

No Mapa: Centro-Norte de Portugal, entre as serras Estrela, Caramulo, Buçaco e Lousã e os rios Dão e Mondego.

Castas mais comuns: tintas - Touriga Nacional, Tinta Pinheira, Tinta Carvalha, Bago de Louro, Alvarelhão, Bastardo, Alfrocheiro Preto; brancas - Arinto, Barcelo, Fernão Pires, Sercial, Dona Branca.

É a maior região vinícola de Portugal, com predominância de vinhos tintos (70%), muitos deles encorpados e macios, alguns com grande estrutura para envelhecimento.


São de lá: Conde de Santar, Real Vinícola, Dão Terras Altas, Dão Cardeal, Dão Catedral, Dão Aliança, Dão Grão Vasco, Duque de Viseu.


Douro/Porto


No mapa: Nordeste de Portugal.


Castas mais comuns: tintas - Bastardo, Tinta Francisca, Tinto Cão, Donzelino, Mourisco, touriga Nacional, Touriga Francesa; brancas - Donzelinho, Esgana-Cão, Folgazão, Gouveio (ou Verdelho), Rabigato, Malvasia Fina, Viosinho.


Região do famoso vinho do Porto, um vinho generoso apreciado no mundo inteiro. Com graduação alcoólica entre 19% e 22%, os vinhos do Porto são na maioria tintos e doces, embora existam alguns brancos e secos. O Douro vem se destacando também pela produção de bons vinhos não-fortificados, o que tem dado certa atualidade à região. Mas os rótulos tradicionais ainda dão muito prestígio ao Douro, afinal o melhor vinho português, o Barca Velha, da Casa-Ferreirinha, é feito na região.


São de lá os vinhos do Porto: Dom José, Sanderman, Churchill'a, Graham's, Fonseca, Messias, Noval, Taylor's Ferreira, Poças Junior e Croft.


São de lá os vinhos de mesa: Ferreirinha, Redoma, Porca de Murça, Quinta da Pacheca.


Não Morra sem experimentar: Barca Velha, Quinta do Côtto, Warre's, Adriano Ramos Ramos Pinto.


Madeira


No mapa: oceano Atlântico. A região demarcada inclui as ilhas da Madeira e de Porto Santo.

Castas mais comuns: tintas - Negra Mole, Terrantez; brancas - Malvasia, Sercial, Bol (ou Bual), Verdelho.

Produz vinhos brancos, doces ou secos, generosos fortificados. A graduação alcoólica, em geral, vai de 18% a 21%. Um dos grandes atrativos desses vinhos é sua capacidade de envelhecimento - até cinquenta anos.


São de lá: Blandy, Cossart Gordon, Leacock e Miles, todos produzidos pela madeira Wine Company.


Moscatel de Setúbal


No mapa: sul de lisboa, ao redor dos concelhos de Setúbal e Palmela.


Castas mais comuns: tintas - Periquita (ou Castelão Francês), Espadeiro, bastardo, Moreto, Monvedro; brancas - Arinto, Fernão Pires, Tamares, Bual, Manteúdo; moscatéis - Moscatel de Setúbal, Moscatel Roxo, Moscatel do Douro, Moscatel Branco.


O vinho mais famoso dessa região é o Moscatel de Setúbal, que inclusive dá nome a ela. Generoso fortificado, esse vinho tem estrutura para envelhecer entre vinte e quarenta anos.


A região produz ainda outros vinhos famosos, como o Periquita e o Quinta da Bacalhôa.


São de lá: Periquita, Catarina, Cova da Ursa, Meia Pipa, Camarate, Bse.


Não morra sem experimentar: Quinta da Bacalhôa.

Vinhos Verdes

No mapa: Norte de Portugal, tendo o rio Minho ao norte e o oceano Atlântico a oeste. Também banham a região os rios Lima, Cávado, Ave e Douro.


Castas mais comuns: Tintas - Azal Tinto, vinhão, borraçal, Espadeiro Tinto, Pedral, Rabo-de-Ovelha tinto, Brancelho; brancas - Azal Branco, Avesso, Batoca, Pedernã, Alvarinho, Trajadura, Loureiro.

Brancos ou tintos, os vinhos da região dos vinhos verdes devem ser consumidos jovens. De baixa graduação alcoólica, provocam uma agradável sensação de picadas na língua, devido à alta acidez e à presença de gás carbônico.


São de lá: Aliança, Acácio, Calamares, Casal Garcia, Gatão.


Não morra sem experimentar: Alvarinho Palácio da Brejoeira.


Outras Regiões

Algarve, Carcavelos, Colares.

Itália:

Tomar vinho e comer, para o italiano, é praticamente a mesma coisa. Em todo o país, topograficamente formado de colinas e montanhas, cultivam-se uvas viníferas e produzem-se vinhos, alguns muito elegantes, outros para o dia-a-dia. A rica gastronomia italiana é favorecida imensamente pela constante companhia da bebida, que atende a todas as especialidades regionais. Do Norte ao Sul do país vigora a "santíssima trindade mediterrânea", que nada mais é do que o tripé contituído de vinho, pão e azeite.

Esse traço cultural tão enraizado encontra, na legislação vinícola, suporte para que a Itália se mantenha entre os gigantes da produção mundial de vinho.

Procure nos rótulos as classificações:


Vino da Tavola (Vinho de Mesa): vinhos baratos e simples, para o consumo diário. De fácil compatibilização com a comida, os rótulos dessa categoria são os mais populares, porém abrigam alguns excelentes vinhos.

Indicazione Geografica Tipica - IGT(Indicação Geográfica Típica): essa classificação, criada no início dos anos 90, pode ser comparada ao Vin de Pays, da França. Fica entre a categoria mais popular, a Vino da Tavola, e outras de controle mais rigoroso.

Denominazione di Origine Controllata - DOC (Denominação de Origem Controlada): aqui as regras são mais austeras. A legislação determina o sistema de poda e plantio dos vinhedos, o rendimento máximo deuvas por hectare, o teor alcoólico dos vinhos, as técnicas de vinificação e os critérios de envelhecimento. E ainda não é tudo: os vinhos passam por degustação técnica e análise química para endossar sua tipicidade. Esses vinhos também podem trazer no rótulo a inscrição VQPRD - Vinho de Qualidade Produzido em Região Demarcada.

Denominazione di Origine Controllata e Garantita - DOCG (Denominação de Origem Controlada e Garantida): é o top dos tops entre os vinhos italianos. As regras são ainda mais rígidas que as dos vinhos DOC. Anualmente, uma comissão gesgustadora oficial aprova ou reprova-os.

Espanha:

Desde que os navegadores fenícios plantaram os primeiros vinhedos em Andaluzia, em 1100 a.C., a produção de vinhos na Espanha passou por altos e baixos. Com a conquista romana em 200 a.C., o vinho teve um avanço. Já com a presença árabe nos primeiros anos da Idade Média, a bebida declinou. Veio a nova conquista dos cristãos, no final do século XV, e o vinho subiu outra vez. Nos séculos XVII e XVIII, enquanto a França brigava com a Inglaterra, a Espanha se tornava uma grande fornecedora de vinho para os britânicos. Houve ainda a praga da filoxera, que dizimou os vinhedos da Europa no final do século XIX. E assim, aos trancos e barrancos, a Espanha conseguiu impor seu vinho ao mundo, com destaque para o fortificado Jerez. As tradicionais regiões de Rioja e Ribera del Duero são festejadas com justiça no mercado internacional, e hoje várias regiões novas têm inovado e trazido um estilo moderno e de grande qualidade ao vinho espanhol.
Procure nos rótulos as classificações:

Vino de la Tierra (Vinho da Terra): Categoria inferior, que corresponde ao Vin de Pays francês.

Denominación de Origen DO (Denominação de Origem Qualificada): categoria criada em 1991, que identifica os vinhos da região de Rioja.

Alemanha:

Pode-se dizer que a Alemanha é a terra do vinho branco. O clima e o solo favorecem o amadurecimento das uvas brancas, daí vem o prestígio do país na produção do vinho correspondente. Mas a Alemanha também tem um histórico de guerras, e, obviamente, cada conflito a indústria vinícola sofreu. As guerras mundiais e a praga da filoxera representaram, no passado, grandes ameaças ao vinho. Hoje, o problema é outro: a lei que rege a produção do vinho - criada em 1971 e atualizada em 1982 - é alvo de críticas por parte de especialistas, por permitir que vinhos que vinhos ruins sejam classificados como de qualidade. É justamente o oposto do que ocorre nos demais países da Europa, onde as regras são muito rígidas. Além disso, o próprio idioma constitui uma barreira para a popularização do vinho alemão em outros países. No Brasil, por exemplo, para quem não fala a língua ou não é especialista em vinho, decifrar os rótulos é um grande desafio.

Brasil:

Hoje, podemos dizer que somos um país emergente, com um futuro promissor pela frente. O Brasil ainda não tem uma legislação detalhada, mas é possível apontar alguns locais como referências na produção de vinhos finos: Vale dos vinhedos, Campanha Gaúcha, Campos de Cima da Serra, Serra Gaúcha, todas no Rio Grande do Sul. Essas regiões concentram a maior parte da produção de vinhos de qualidade. Outra região que começa a aparecer no mapá é o Vale do São Francisco, no nordeste, que há anos produz excelentes uvas de mesa e agora tem se mostrado adequado também às cepas viníferas. De lá saem bons espumantes elaborados com a uva moscatel (o "Asti" brasileiro). Em outros estados, como Minas Gerais e São Paulo, são produzidos vinhos populares, feitos com uvas de mesa. Mas, mesmo nessas regiões, já se percebe o interesse de alguns produtores em entrar no mercado de vinhos finos. Um indício de que existe uma nova mentalidade se instalando é a crescente presença de cepas viníferas no Sudeste brasileiro.

O Brasil produz vinhos tintos, brancos, de sobremesa e, em especial, espumantes. O clima da Serra Gaúcha é parecido com o de Champagne, na França, o que explica a qualidade de nosso espumante. Marcas como Miolo, Salton, Cave de Amadeu, Don Laurindo, Chandon, Casa Valduga, Lidio Carraro, Pizzato, Marson, Don Giovanni, Château Lacave, Cooperativa Vinícola Aurora, Lovara, Cave de Pedra e Dal Pizzol vêm se aprimorando e ganhando consumidores cada vez mais constantes. A miolo, aliás, vai mais longe, com a consultoria do prestiado enólogo francês Michel Rolland na elaboração de seus vinhos.

Castas mais comuns: tintas - Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Gamay, Pinot Noir, Syrah, Tempranillo, Touriga Nacional; brancas - Riesling Itálica, Chardonnay, Moscatel, Trebbiano, Sémillon, Malvasia.

São daqui: Miolo, Salton, Cave de Amadeu, Dal Pizzol, Don Laurindo, Chandon, Rio Sol, Casa Valduga, Lidio Carraro. Château Lacave, Boscato, De Lantier, Cooperativa Vinícola Aurora, Almadén, Marco Luigi, Cavalleri.

Vinhos Africanos:

Nas duas últimas décadas houve grandes avanços e progresso na industria vinícola sul africana. Em meados da década de 80 o uso de novos e semi-novos barris de carvalhos passou a ser bem difundido pelos grandes produtores, para o envelhecimento dos vinhos tintos e em pequena escala para os vinhos brancos. As pragas, que sempre foram uma fonte de preocupação para os viticultores, foram totalmente controladas, se não dizimadas. As grandes vinícolas aderiram ao programa de replantio de suas vinhas, com a finalidade de aumentar a qualidade das cepas e consequentemente produzir vinhos de excelente qualidade.

Essa época marca a entrada da África do Sul, como um dos representantes dos vinhos do Novo Mundo, produzindo vinhos mais acessíveis logo após o lançamento, em vez de vinhos que exigem um longo prazo na adega.

O ajustamento com acido tartárico raramente é aplicado. Os chardonnays já não passam muito tempo em contato com o carvalho, a introdução da fermentação malolática trouxe uma nova dimensão aos estilos produzidos.

Os produtores adotaram praticas mais modernas de viticultura, um fator muito negligenciado no passado. Atualmente uma vinícola não entra em produção sem que estudos científicos de no mínimo dois anos sejam realizados, tais como, identificação do solo, condições climáticas predominantes, cepa e enxerto compatíveis um com o outro, a compatibilidade de ambos com o solo, necessidade de irrigação, entre outros fatores. O Conselho de Pesquisa Agricultural Nietvoorbij, hoje de renome internacional, e um dos grandes responsáveis por essas mudanças.

Outro fator essencial para a ascensão do vinho sul africano foi a conscientização dos produtores locais com a própria identidade do vinho do Cabo. Atualmente o Cabo já não se preocupa em copiar o estilo de "terroir" da Franca, Austrália ou Califórnia. O vinicultor local se deu conta que o Cabo tem o potencial de produzir o seu próprio estilo e competir com sucesso no exterior.

Porém, a indústria vinícola sul-africana ainda não se deu satisfeita com o sucesso alcançado nesses últimos anos. Os grandes vinicultores continuam experimentando, seja na vinícola ou dentro da adega, em busca de melhor qualidade e consistência.

Pesquisa: www.adegadovinho.com.br
www.e-vinho.com.br
pt.wikipedia.org
www.academiadovinho.com.br

Vinho - Parte V - Combinações agradáveis. Vinho e comida.



Entradas


Dizem que o champanhe e o espumante são os vinhos que podem acompanhar uma refeição da entrada à sobremesa. De certa forma é verdade, embora cada prato possa requerer um tipo diferente de champagne. São bebidas frescas, alegres, que fazem uma festa na boca, perfeitas para animar uma festa na boca, perfeitas para animar uma reunião gastronômica. Você pode servi-los com canapés, frios, frutas passificadas, patês, caviar... Combinam com tudo.

Algumas Dicas:

Salgadinhos e canapés: branco seco, Jerez seco ou Porto branco.

Frios gordurosos: branco seco ou tinto jovem.

Frios não-gosrdurosos: rosé ou branco.

Os parceiros dos vinhos brancos

Linguado, badejo, robalo, truta, ostras, pescada:

Combinam com brancos de corpo leve ou médio, como Riesling, Sauvignon Blanc, Chablis, Orvieto.

Camarão, mariscos, vieiras, frutos do mar em geral, massas, risotos: combinam com brancos de corpo médio ou encorpados, como Sauvignon Blanc, Sémillon, Chablis, Gewürztraminer, vinhos verdes.

Bacalhau, Sardinha, salmão defumado ou fresco, atum, lagosta, frango assado, peru: combinam com brancos encorpados, como Chardonnay, Chablins Grand Cru, Montrachet, Viognier.

Os Parceiros dos vinhos tintos

Vitela, salsicha e demais embutidos, perdiz, carneiro:

combinam com tintos leves, como Pinot Noir, Cabernet Franc, Gamay, Beaujolais, Chianti, Valpoliccela.

Carnes Vermelhas, massas e risotos com molho vermelho, filé-mignon, almôndegas: combinam com tintos de corpo médio, como Merlot, Syrah, Malbec, Carmenère, Chianti Clássico, Rioja, Sangiovese.

Caça, carne assada ou com molhos fortes, leitão, lombo de porco, churrasco, rabada, feijoada: combinam com vinhos encorpados, como Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat, grandes Boudeaux, Châteauneuf-du-Pape, Barbaresco, Barolo, Hermitage.

Use a intuição e tente fazer suas próprias combinações. Nada impede, por exemplo, que você sirva atum, bacalhau ou salmão fresco com vinho tinto leve. E não tenha receio de errar, pois mesmo os enófilos mais experientes estão sujeitos a fazer más escolhas.

Queijo e Vinho

O que dá certo:

Queijo de Cabra com vinho Sancerre.

Queijo Fresco com vinho branco frutado.

Camembert e brie com vinho tinto jovem.

Estepe, emmenthal, gouda e gruyère com vinho branco seco encorpado ou tinto jovem frutado.

Gorgonzola, roquefort e stilton com vinho doce, como Sauternes, Porto, Recioto, Tokay.

Sobremesas

Use e abuse dos vinhos doces: espumantes, Sauternes, Porto, Vin Santo, Moscato.

Se o vinho lhe parecer fraco, sem sabor ou azedo, é porque não é doce o bastante para acompanhar a sobremesa.

Eis algumas combinações:

Massas: Chardonnay e Chianti acompanham os molhos mais robustos.

Risotos: Pinot Grigio e Pinot Blanc.

Legumes: Merlot e rosé.

Quiches e tortas: Chardonnay, Pinot Gris e Sauvignon Blanc.

Molhos de Queijo: Sémillon, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Vinhos - Parte IV - Glossário de termos referentes ao vinho.





Veja os termos mais utilizados e os verbetes básicos para quem está iniciando seu aprendizado da bebida

ACIDEZ - essencial para a vida e vitalidade de todos os vinhos. Num vinho de mesa seco e equilibrado deve estar entre 0,6% a 0,75% do volume.

ACIDEZ FIXA - compreende ácidos encontrados nas uvas mais os produzidos durante a fermentação.

ACIDEZ TOTAL - combinação de acidez fixa com acidez volátil.

ACIDEZ VOLÁTIL - consiste principalmente de ácido acético.

ACIDO TARTÁRICO -ácido natural do vinho. Pode formar cristais inofensivos na garrafa ou na rolha, principalmente em vinhos brancos mantidos à baixa temperatura.

AÇÚCAR RESIDUAL - quantidade que sobra após a fermentação terminar de forma natural ou artificial, expressa em gramas por litro.

ADSTRINGÊNCIA - sensação de boca seca ou "amarrada", como aquela causada por frutas ainda verdes. É um fenômeno que causa a contração das mucosas.

AERAÇÃO - exposição do vinho ao ar ambiente. O mesmo que deixar o vinho "respirar".

AFINAMENTO - técnica para clarificação dos vinhos usando bentonita, gelatina ou clara de ovos. São agentes que aglutinam as partículas em suspensão, sedimentando-as.

ÁLCOOL - no vinho, é o etanol ou álcool etílico. É um composto químico formado pela ação de leveduras no açúcar das uvas durante a fermentação.

ÁLCOOL POR VOLUME - nível de álcool num vinho, expresso em porcentagem numérica do volume.

AMPELOGRAFIA - ciência que estuda as vinhas e variedades das cepas.

ANTOCIANOS - compostos fenólicos responsáveis pela cor vermelha e púrpura dos vinhos jovens.

AROMA PRIMÁRIO - sensação olfativa que lembra uvas frescas e maduras.

AROMA SECUNDÁRIO - sensação olfativa resultante da fermentação.

AROMA TERCIÁRIO - também chamado bouquet, é a sensação olfativa que o vinho desenvolve depois de engarrafado e envelhecido.

AVA - American Viticultural Area - denominação oficial nos Estados Unidos para áreas vitícolas geograficamente delimitadas (exemplo: Napa Valley).

BLANC DE BLANCS - significa vinho branco feito de uvas brancas.

BLANC DE NOIRS - significa vinho branco feito de uvas tintas.

BODEGA - equivalente espanhol para vinícola.

BOTRYTIS CINEREA - um fungo benéfico e até desejável que ataca as uvas sob certas condições climáticas. Elas perdem a água e concentram açúcar e ácidos.

BOUQUET - ver Aroma Terciário.

BRIX - unidade de medida do conteúdo de açúcar da uva, indicando o grau de maturação. Outras unidades são denominadas Oechsle e Baumé.

BRUT - termo reservado para espumantes, significando seco.

CAVA - vinho espumante espanhol produzido pelo método champenoise.

CHAPTALIZAÇÃO - adição de açúcar ao mosto afim de elevar o teor alcoólico do vinho.

CHÂTEAU - este termo, seguido de um nome próprio, eqüivale em Bordeaux à uma propriedade destinada à produção de vinhos.

CLARET - um termo usado na Inglaterra para identificar vinhos tintos de Bordeaux.

CLOS - vinhedo ou grupo de vinhedos fechados por muros.

CORPO - a impressão de peso ou plenitude na boca, resultado da combinação de álcool, glicerina e açúcar.

CRÉMANT - refere-se a vinhos espumantes com menor pressão e espuma mais cremosa.

CRIANZA - Reserva e Gran-Reserva - são termos que indicam, em ordem ascendente, o tempo de maturação de vinhos espanhóis no carvalho e na garrafa.

CRU- um vinhedo específico ou zona delimitada com aptidão para produzir um vinho de características particulares e originais.

CRU BOURGEOIS- são Châteaux de Bordeaux de uma notoriedade menor que os grands crus. No Médoc, distinguem-se os crus bourgeois e crus bourgeois supérieurs.

CRU CLASSÉ - propriedade classificada com um grau de excelência estabelecido em 1855, posteriormente revisado e ampliado. É chamada classificação do Médoc.

CUVÉE - designa um lote de vinhos cuja identidade deve ser diferenciada e precisa.

DECANTAÇÃO - passagem lenta do vinho da garrafa para um outro recipiente chamado decanter. Serve para separar eventuais sedimentos do vinho ou para aeração.

DENOMINAÇÃO DE ORIGEM - sistema oficial adotado por vários países para garantir a origem e qualidade dos vinhos (exemplos:, AOC, DO, DOC, DOCG, IPR, VDQS, VR, etc.)

DIÓXIDO DE ENXOFRE - ou anidrido sulfuroso (SO2). Composto químico adicionado no processo para evitar a oxidação do vinho. Tem também propriedades anti-sépticas.

DOMAINE - propriedade destinada à produção de vinhos, com vinhedos de um ou vários donos.

ENÓFILO - pessoa que aprecia e estuda os vinhos.

ENÓLOGO - especialista da ciência do vinho e da vinificação. Certas praticas enológicas não podem ser efetuadas sem a presença e controle de um enólogo.

EQUILÍBRIO - relação harmoniosa entre ácidos, álcool, fruta, tanino e outros elementos naturais encontrados no vinho. Nenhum deles deve ser dominante.

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA - processo bioquímico pelo qual leveduras convertem o açúcar (glicose, frutose) em álcool e gás carbônico. Transforma suco de uva em vinho.

FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA - fermentação secundária que ocorre com a maioria dos vinhos, convertendo ácido málico em lático para reduzir a acidez total.

FOXADO - característica aromática de cepas americanas, como Isabel, Taylor e Clinton, causada por antranilato de metila. Os vinhos são desagradáveis e de conservação difícil.

GOSTO DE ROLHA - um substância chamada TCA transmite aleatoriamente à alguns vinhos um gosto de mofo permanente através da rolha. È o chamado vinho "bouchonné".

JEREZ - também Sherry e Xérès. Vinho fortificado produzido em Andaluzia na Espanha, nos estilos Fino, Manzanilla, Amontillado, Oloroso, Palo Cortado e Cream.

LÁGRIMAS - ou "pernas" que escorrem na parede dos copos depois de beber, resultam da diferença da velocidade de evaporação entre a água e o álcool.

LATE HARVEST - essa expressão no rótulo indica um vinho feito com uvas colhidas tardiamente, com alto teor de açúcar. Normalmente um vinho de sobremesa.

LEVEDURAS - micro organismos que produzem enzimas responsáveis pela fermentação, convertendo o açúcar em álcool.

MACERAÇÃO - durante a fermentação, o contato das cascas e sólidos com o vinho, onde o álcool age como um solvente para extrair a cor, taninos e aroma das cascas.

MACERAÇÃO CARBÔNICA - fermentação das uvas tintas inteiras, não prensadas, numa atmosfera de dióxido de carbono (exemplo: Beaujolais Nouveau)

MERITAGE - termo criado na Califórnia para identificar vinhos tintos no estilo Bordeaux e brancos não varietais.

MÉTODO CHAMPENOISE - processo no qual o vinho base sofre a segunda fermentação na própria garrafa para formar as borbulhas. É o único método utilizado em Champagne.

MÉTODO CHARMAT - processo de produzir vinhos espumantes com a segunda fermentação feita em tanques pressurizados.

MÉTODO CLASSICO - ou tradicional. Termos para identificar espumantes elaborados pelo Método Champenoise fora da região de Champagne.

PH - medida química para determinar acidez/alcalinidade. Nos vinhos, a relação deve se situar dentro de valores desejáveis.

PHYLLOXERA - um pulgão que ataca as raízes das videiras. Causou a devastação mundial das vinhas no final do século 19.

PREMIER CRU - designação dos Châteaux Lafite, Haut-Brion, Latour, Margaux e Mouton na classificação de Médoc de 1855 (revista em 1973 para incluir o Château Mouton).

QUALITÄTESWEIN - (QbA) - categoria de vinho alemão elaborado com uvas de uma das treze regiões e suficientemente maduras para que tenham o estilo desejado.

QUALITÄTESWEIN MIT PRÄDIKAT - (QmP) - a mais alta categoria de vinhos alemães, contendo cinco atributos em ordem ascendente de maturação das uvas na colheita.

QUINTA - propriedade produtora de vinhos em Portugal.

RECIOTO - vinho doce do Veneto produzido com uvas passificadas. O estilo seco é chamado Amarone.

RETROGOSTO - identifica o aroma e sabor deixado pelo vinho na boca após ser engolido. Grandes vinhos têm retrogosto rico, complexo e prolongado.

RIPASSO - vinho refermentado nos sedimentos de um vinho Recioto.

RISERVA- ou Riserva Speciale - vinhos italianos DOC maturados por um número obrigatório de anos. São vinhos de qualidade superior.

SEKT - vinho espumante alemão.

SÉLECTION DE GRAINS NOBLES - SGN - menção que pode ser indicada nas garrafas de certas apelações. Significa uvas selecionadas com botrytis para vinhos de sobremesa.

TANINO - substância natural encontrada no vinho, essencial para a estrutura dos tintos. É derivado principalmente das cascas, sementes e engaços. Tem um sabor adstringente.

TERROIR - meio ambiente com características próprias para produzir vinhos originais e de qualidade. Constitui um dos fundamentos dos sistemas de denominação de origem.

VDN - Vin Doux Naturel - vinho doce, fortificado com adição de aguardente vínica. Sua riqueza inicial de açúcar deve ser pelo menos igual à 252 gramas por litro.

VENDANGES TARDIVES - VT - expressão prevista para certos vinhos, principalmente da Alsácia, com riqueza de açúcar natural.

VIN DE PAYS - um estilo de vinho regional. Uma categoria acima de Vin de Table.

VIN DE TABLE - a menor categoria dos vinhos franceses. A tradução literal como Vinho de Mesa, tem o mesmo significado em outros países.

VINHO DO PORTO - o vinho fortificado mais renomado do mundo. Produzido nos estilos Ruby, Tawny (básico, com idade e colheita), LBV, Vintage Character e Vintage.

VINHO FORTIFICADO - denota um vinho que teve seu teor alcoólico aumentado pela adição de aguardente vínica (exemplos: Vinho do Porto, Jerez, Madeira, VDN).

VINHO VARIETAL - vinho identificado com o nome da variedade da uva no rótulo. É preciso que exista um mínimo dessa uva, normalmente 75% na maioria dos países.

VINTAGE - vinho de um determinado ano. Pode também significar Colheita. O Porto Vintage é o estilo mais raro e caro desse vinho fortificado do Douro.

VITIS VINIFERA - espécie botânica de uvas destinadas à produção de vinhos de qualidade, com milhares de variedades. Na pratica, são utilizadas cerca de cinqüenta. É o nome científico das vinhas européias.