O Chouriço (1)
O chouriço tem o sangue de porco como uma das matérias-primas. O chouriço, hoje, está mais suave. Podemos colocar uma cebolinha, um temperinho a mais e conquista um grande público, o preparo exige muito asseio, e qualquer um pode fazer em casa. Depois de pronto, deve ser degustado com um limãozinho e um copo de cerveja. Uma boa combinação para encerrar a jornada. Faça ótimas refeições, bons passeios e tenha sempre seu guia gastronômico como companheiro de viagem.
Eis um saboroso e apimentado chouriço, feito com carne de porco, alho, vinagre e pimentas. Esta é uma maneira barata de ser fazer chouriço, já que não há necessidade de se usar tripas. Acredito que o gosto fica ainda melhor quando ele é caseiro, experimente.
Receita:
Ingredientes
• 1 dente de alho
• 3 colheres (chá) de orégano
• 100 ml de vinagre de cidra destilado
• 8 colheres (sopa) de pimenta calabresa em flocos
• 100 ml de água
• 1,2 kg de carne de porco moída
Modo de preparo
1. Em um liquidificador, misture o alho, o orégano, o vinagre, a pimenta calabresa em flocos e a água. Bata até ficar homogêneo.
2. Coloque a carne de porco em uma vasilha e jogue por cima os ingredientes batidos no liquidificador. Tampe a vasilha e deixe-a na geladeira por 8 horas ou por um dia Mantenha o chouriço na geladeira ou congele para ser usado no futuro.
outra receita de chouriço, CHOURIÇO com ANGU.
Chouriço com angu
Ingredientes:
• 1 kg de chouriço de porco, cortado em rodelas
• 2 xícaras (chá) de óleo
• 2 litros de água
• 1 kg de fubá de moinho d’água
• Cebolinha (para decorar)
Modo de fazer:
Mornar a água numa panela grande. Despejar o fubá e mexer, com colher de pau, até ferver – o tempo de preparo do angu é de 40 minutos, até se soltar da panela. A consistência será mais firme. Pôr em forminhas de alumínio, do tamanho das de gelatina, e esperar esfriar para desenformar. Fritar o chouriço em óleo morno, para cozinhar por dentro. Para montar, colocar as rodelas de chouriço ao lados do angu coberto de cebolinha.
A HISTÓRIA DA RECEITA DO CHOURIÇO DOCE.
“A preparação do doce requer tempo e sabedoria, uma vez que seu cozimento é lento e gradual: chega a durar até seis horas. Trata-se de uma mistura equilibrada de sangue, banha de porco, garapa ou mel de rapadura, castanha de caju assada e moída, leite de coco, farinha de mandioca e algumas especiarias como cravo, canela, gengibre e erva-doce.
O sangue é inicialmente misturado ao leite de coco num tacho de cobre, a uma parte da garapa, à farinha de mandioca, à castanha e uma parte das especiarias. A chouriceira mexe com a mão a mistura de cor avermelhada com cuidado para “desemboloá-la”. Depois é que o resultado dessa mistura levado ao fogo (trempe) onde será cozida e mexida gradativamente até “chegar no ponto”. A partir do início da fervura, é contado o tempo de cozimento, que pode durar até seis horas. O chouriço vai ao fogo contendo uma grande quantidade de ingredientes, tais como: farinha de mandioca, leite de coco, castanha moída, sangue, banha e temperos. O restante dos ingredientes vai sendo colocado aos poucos, exceto uma parte das especiarias e das castanhas, que é acrescida quando o chouriço está quase no “ponto”. A tarefa de mexer o chouriço deve ser contínua. É árdua e é entregue a um ‘mexedor’ e a alguns ajudantes responsáveis, dispostos e cuidadosos para não deixarem o doce pegar no fundo do tacho, nem “emboloar”. Mesmo assim, a tarefa é dividida entre quase todos os homens que participam da festa. A chouriceira sempre recebe a ajuda de amigas que também têm experiências na feitura do doce. “ (2)
(1) Chouriço [De origem incerta; do lat salsiciuru, poss.; cf. esp. chorizo.] S. m. 1. Enchido de porco, cujo recheio é misturado com sangue e curado ao fumo. [Sin. lus.: chouriça. Cf. lingüiça (1).] 2. Saco longo e cilíndrico, cheio de areia ou serradura, para tapar as fendas inferiores das portas e janelas; chouriça. 3. Bras. Cul. Iguaria feita de sangue de porco, especiarias e açúcar. 4. Bras. RS Parte acolchoada do rabicho que passa por sob a cauda do cavalo. 5. Ant. Rolo de cabelo para altear o penteado. Para a nutricionista Célia Márcia de Morais (2002a: 4) o chouriço “é um doce exótico, pastoso, de cor preta, normalmente apresentado com cobertura de castanhas de caju assadas, em metades, como enfeite. O sabor lembra o Bolo preto, o pé-de-moleque típico do Nordeste”. “No Nordeste do Brasil é um doce de sangue de porco com especiarias, conhecido em Portugal como morcela (...) na acepção popular portuguesa dizemos lingüiça de porco” (Cascudo 1962: 21). Os dados foram sistematizados após a realização de um chouriço em dezembro 2002, no Sítio Carnaúba de Baixo (município de Carnaúba dos Dantas – RN), no domicílio de Dona Angelita Maria Dantas. A festa foi documentada pela TV Cabugi e TV Globo e exibida no dia 22/12/2002 no programa “Fantástico”, com o título Natal do Sertão, e com direção de Geider Henrique Xavier.
(2) Extraído de: O Chouriço: uma doce dádiva. dos SANTOS, Antônio de Pádua, CAVIGNAC, Jullie Antoinette e DANTAS, Maria Isabel. In: Anais do Seminário Gastronomia em Gilberto Freyre. pp. 46-52.
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