Estive com o companheiro Marcelo Carvalho essa semana, quando fui levar para um breve "lanchinho" uma quiche de queijo e presunto que havia feito, o mesmo deixou transparecer ser um exímio gastrônomo de garfo e faca, pois, gostou do que comeu e frisou querer cozinhar tão bem quanto este que vos descreve.Com isso não estou me vangloriado, mas procuro desempenhar o meu melhor pra que não ocorram surpresas desagradáveis. Acabei tomando cnsciência que o mesmo colega é sim, um especialista em churrasco,como todo bom brasileiro, temos a técnica que nos foi passada por nossos ancestrais, que bem o diga, Hans Staden, por passagem pelo Brasil no século XVI. Quase conheceu a especialidade de alguns índios qe por aqui moravam, não como convidado e sim como comida. Staden quase foi devorado por índios antropófagos.
Hans Staden (1525 - 1579) - Viajante e cronista alemão que esteve no Brasil no século XVI por duas vezes.
Trechos de suas crônicas nas duas viagens:
A partida para o novo mundo
Um dos animais exóticos que Staden avistou no Brasil: o tatu."Eu, Hans Staden de Homberg-em-Hessen, resolvi visitar a Índia. Saí de Bremem para a Holanda e achei em Campon, navios que pretendiam tomar carga de sal em Portugal. Embarquei e a 29 de Abril de 1547 chegávamos a Setúbal."
Costumes indígenas
"Formaram um círculo ao redor de mim, ficando eu no centro com duas mulheres, amarraram-me numa perna um chocalho e na nuca penas de pássaros. Depois começaram as mulheres a cantar e, conforme um som dado, tinha eu de bater no chão o pé onde estavam atados os chocalhos.
As mulheres fazem bebidas. Tomam as raízes de mandioca, que deixam ferver em grandes potes. Quando bem fervidas tiram-nas (...) e deixam esfriar (...) Então as moças assentam-se ao pé, e mastigam as raízes, e o que fica mastigado é posto numa vasilha à parte.
Acreditam na imortalidade da alma(...)."
A antropofagia
Cena de Antropofagia (um ritual indigena)."Voltando da guerra, trouxeram prisioneiros. Levaram-nos para sua cabana: mas a muitos feridos desembarcaram e os mataram logo, cortarm-nos em pedaços e assaram a carne (...) Um era português (...) O outro chamava-se Hyeronimus; este foi assado de noite."
Estava assim formado um do primeiros churrascos da história do Brasil, que se tem relato.
Daí a explicação por que nós consumimos tanto churrasco, uns com mais e outros com menos intensidade, mas o certo é que nós o adoramos.
Eunice Paiva: Realidade e ficção - Arquivo pessoal e Divulgação/Globoplay
*Chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feirs, 7, o filme 'Ainda Estou
Aqui...
Em pensar que o nosso churrasco... Bem, graças à civilização (ou o bom senso dos dias atuais), maminha, costela, coração e coxa são de outros animais...
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Belíssima aula, professor!
Que fome, querido professor! Mas agora, eu aceitaria algumas madeleines com chá, pode ser??
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